Costa Ferreira

AEM: Conte-nos como foi o início da Joaquim Ferreira da Costa & Filhos, Lda., até aos dias de hoje.

MC: Joaquim da Costa Ferreira, natural de Nogueira da Maia, adquiriu o seu primeiro autocarro em 1939, uma “Bedford” que transportava 28 passageiros.

Em 28 janeiro de 1969 com a constituição da sociedade, passou designar-se por Joaquim da Costa Ferreira & Filhos., Lda. que até os dias de hoje tem-se dedicado ao transporte público rodoviário de passageiros.

Manteve-se na família até fevereiro de 2006, ano em foi adquirido o total do capital social pelo “Grupo Resende”.

Dispomos à data de 20 autocarros preparados para prestar serviços com um elevado grau de qualidade e conforto, daí o grande investimento em autocarros novos e mais ecológicos.

AEM: São reconhecidos como uma empresa de transportes de passageiros de referência e confiança. Quais são os serviços que disponibilizam?

MC: Temos um leque amplo de ofertas no âmbito da exploração de carreiras, serviço ocasional, nomeadamente em serviço de turismo, excursões, visitas de estudo, transferes, entre outros. Reunimos de igual forma um enorme Know- How na prestação de serviço regulares especializados, que consiste essencialmente no transporte de trabalhadores, a título exemplificativo, prestamos serviços neste âmbito a uma empresa que tem um polo industrial na Maia, desde da sua abertura em 1976, ano da sua inauguração.

AEM: Fale-nos também dos serviços de aluguer de Mini-Bus, com ou sem motorista.

MC: A nossa frota é composta por várias lotações. Variamos as mesmas, desde sedans de 5 lugares a minibus de 9, 19, 23, 25 e 27 lugares, autocarros de 53, 56, 60 e 72 lugares, todos equipados com ar condicionado, bancos reclináveis equipados com cintos de três pontos, wifi grátis, bem como outras comodidades.

O aluguer de minibus adequam-se nos serviços ocasionais, bem como nos regulares especializados, quando os grupos a transportar são menores. Aconselhamos a utilização dos mesmos, quer pelo fator custo, quer pelo conforto de não viajar com muitos lugares disponíveis, criando dessa forma, uma sensação de “um vazio”.

Devemos de igual forma, proceder à utilização deste tipo de viaturas sempre que possível, visto serem menos poluentes, furto de menores consumos, comparativamente aos de maior lotação.

Permite-nos a nossa atividade o aluguer das nossas viaturas sem condutor, contudo não estamos vocacionados para o efeito.

AEM: Quais foram as principais mudanças ocorridas na empresa durante este período de pandemia?

MC: Inicialmente foi a necessidade de redimensionar a empresa a uma nova realidade, nunca antes imaginável.

Pelas notícias que circulavam nos meios de comunicação social, há já alguns dias era expectável que a “bomba” explodisse.

Ficamos em dois, três dias, apenas com os serviços regulares especializados, “transportes de trabalhadores”, reduzindo dessa forma em cerca de 70% a nossa prestação de serviços.

Houve a premência de dotarmos as nossas viaturas com gel desinfetante, numa primeira fase à base de álcool, nos autocarros onde tal era possível, vedamos o acesso pela porta da frente, protegendo dessa forma o contacto dos nossos motoristas com os nossos passageiros, adquirimos mascaras cirúrgicas para todos os funcionários, e mais à frente implementamos as medidas de segurança aconselhadas e/ou impostas pelas autoridades de saúde, o que se mantém até esta data.

Tem sido um longo e penoso caminho, não só pela redução das receitas financeiras, mas também pela instabilidade que se apoderou de todos nós que dependemos desta atividade.

Realço a pronta e objetiva ajuda dos nossos governantes numa primeira fase, a qual não se tem sentido de igual forma, há já vários meses.

AEM: Como gostaria de ver a Joaquim da Costa Ferreira & Filhos, Lda., num futuro próximo?

MC: Com a dinâmica que vivemos os anos que antecederam a pandemia.

Vivíamos tempos de prosperidade, o setor do turismo, a que estamos intrinsecamente ligados, seguia uma linha ascendente, como nunca antes vivenciado.

Estamos ansiosos pelo contacto com os nossos clientes, fornecedores, outros mais que também fazem parte da nossa família. Sim, para eles, somos um ouvido amigo, um humilde conselheiro mútuo, no fundo são “afetos”, há neste momento um vazio.

Espera-nos um longo percurso para otimizarmos os nossos recursos.

“O caminho faz-se caminhando”.