Inquérito às empresas efeito COVID-19

IMAGEM INEO INE e o Banco de Portugal lançaram o Inquérito Rápido e Excecional às Empresas (COVID-IREE), com frequência semanal, tendo como objetivo identificar os efeitos da pandemia na atividade das empresas.

Esta informação é bastante importante para que se possam perspetivar linhas a seguir para minorar impactos económicos, nomeadamente sobre as próprias empresas.
Os resultados da 1ª semana de inquirição (semana de 6 a 10 de abril de 2020), e numa mostra de 4793 empresas indicam que:

–  82% das empresas se mantinham em produção ou em funcionamento, mesmo que parcialmente;

– 16% encontravam-se temporariamente encerradas e,

– 2% assinalaram que tinham encerrado definitivamente.

Nesta mostra podemos também observar que o impacto negativo foi maior nas micro empresas e menor nas grandes empresas uma vez que das primeiras apenas 73% estão a em funcionamento e as Grandes estão em 86%.

O Setor mais afetado pelo encerramento tanto temporário como definitivo foi sem dúvida o do Alojamento e restauração, uma vez que apenas 38% das empresas estão em funcionamento, 55% encerraram temporariamente e 7% definitivamente.

Relativamente ao Volume de negócios, 37% das empresas em funcionamento ou temporariamente encerradas reportaram uma redução superior a 50% do volume de negócios, e as restante uma redução superior a 75%.

Os motivos principais apontados para esta redução do volume de negócios foram a ausência/cancelamento de encomendas/clientes e as restrições no contexto do Estado de Emergência.

Relativamente aos impactos no emprego, o inquérito evidencia que “61% das empresas reportaram reduções no pessoal ao serviço efetivamente a trabalhar” e 38% “referiu não ter havido impacto”.

A proporção das empresas que indica ter registado uma redução “aumenta com a dimensão da empresa”, sendo que as “as maiores percentagens” se verificam nos serviços de alojamento e restauração e no sector dos transportes e armazenagem.

É o recurso ao layoff  (suspensão dos contratos de trabalho ou redução de horário) que explica a grande redução do número de trabalhadores ao serviço, mais visível entre as microempresas. Mas, para essa descida também contribuíram, embora “em menor grau”, as faltas no âmbito do estado de emergência, “por doença ou por apoio à família”.

Estes inquéritos como já referimos tem uma frequência semanal, pelo esperamos ir divulgando os seus resultados e acompanhando assim a evolução da nossa Economia.

Fonte: INE